quarta-feira, 25 de abril de 2012

Aula 1 História


Olá amigos,

hoje estudaremos o primeiro dos temas relacionados à prova das Ciências Humanas e suas Tecnologias que são transversais as diversas disciplinas envolvidas no exame. As matrizes do Novo Enem exigem que os candidatos sejam capazes de Dominar Linguagens, Compreender Fenômenos, Construir Argumentação, Enfrentar Situações-Problema e Elaborar Propostas sendo que para cada conjunto de saberes relacionados, uma série de habilidades envolvidas. No que nos diz respeito, as habilidades foram divididas em 6 áreas que tratam das competências relacionadas a interação entre o homem, o espaço, as identidades, os sistemas culturais, os papéis históricos desempenhados, as transformações sociopolíticas, econômicas e técnicas, assim como a compreensão de importantes conceitos das humanidades. O nosso encontro de hoje dedica-se ao conceito de Patrimônio.

Mas eu preciso preocupar-me com habilidades, competências e afins?

Certamente! É fundamental o domínio da forma da prova e o que a mesma vai exigir de você, além de estudo, dedicação e paciência para enfrentar a maratona. Vamos então entender que conceito é esse, o de Patrimônio?
A noção de patrimônio é uma das noções mais subjetivas da construção do discurso histórico e nas relações sociais. E isso por quê? Pois se trata de um conceito que só é compreensível quando lançamos mão do produto homem X tempo, ou seja, tratamos de algo que é mergulhado em um caldeirão de subjetividade.

O patrimônio pode ser definido como um conjunto material, e imaterial, que marcam as manifestações humanas no correr do tempo. Sua caracterização depende da sociedade no qual está inserido e de que forma tal monumento, edifício ou prática, guarda sentido e valor histórico em determinado espaço temporal. 

Mas como assim professor?

No início do século XX a preocupação, ou o entendimento, acerca do patrimônio era bem diferente. Em 1933 uma reunião na cidade de Atenas aprovou uma política que se dedicava a proteger os monumentos mais significativos e vultuosos da história da humanidade, desconsiderando o seu entorno ou os de menor magnitude. As determinações da Carta de Atenas, realizada antes da II Guerra Mundial, logo seriam substituídas por outras depois do conflito. O impacto da destruição, de homens e de suas obras, que a segunda Grande Guerra gerou, levou a uma mudança na concepção de patrimônio e de sua abrangência.
No Brasil o órgão responsável pelas políticas patrimoniais é o  Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural – IPHAN. O mesmo divide as práticas patrimoniais em dois conjuntos: o patrimônio Material e o Imaterial. Material e Imaterial, como assim?

O patrimônio material seria formado com base em legislações específicas é composto por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza nos quatro Livros do Tombo: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Eles estão divididos em bens imóveis como os núcleos urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais; e móveis como coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.” Ou seja, são as formas mais tradicionais de patrimonialização: edifícios, monumentos, documentos, coleções, acervos em geral.

Já o patrimônio imaterial, segundo a UNESCO, "as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural." Sendo “transmitido de geração em geração e constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo assim para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.” Logo, as manifestações, as práticas, os elos culturais e sociais também são passíveis de patrimonialização. Vale a pena dar uma olhada no trabalho Os sambas, as rodas, os bumbas e os meus bois no sitio do Iphan e entender um pouco mais com o que vem sendo feito para a proteção do patrimônio brasileiro.

Vejam esses dois trabalhos organizados pela TV UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) clicando aqui e o segundo sobre patrimônio material clicando aqui     .

Vamos às questões comentadas?



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