Olá amigos,
hoje estudaremos o
primeiro dos temas relacionados à prova das Ciências Humanas e suas Tecnologias
que são transversais as diversas disciplinas envolvidas no exame. As matrizes
do Novo Enem exigem que os candidatos
sejam capazes de Dominar Linguagens,
Compreender Fenômenos, Construir Argumentação, Enfrentar Situações-Problema e
Elaborar Propostas sendo que para cada conjunto de saberes relacionados,
uma série de habilidades envolvidas. No que nos diz respeito, as habilidades
foram divididas em 6 áreas que tratam das competências relacionadas a interação
entre o homem, o espaço, as identidades, os sistemas culturais, os papéis
históricos desempenhados, as transformações sociopolíticas, econômicas e
técnicas, assim como a compreensão de importantes conceitos das humanidades. O
nosso encontro de hoje dedica-se ao conceito de Patrimônio.
Mas
eu preciso preocupar-me com habilidades, competências e afins?
Certamente! É
fundamental o domínio da forma da prova e o que a mesma vai exigir de você,
além de estudo, dedicação e paciência para enfrentar a maratona. Vamos então
entender que conceito é esse, o de Patrimônio?
A noção de patrimônio é
uma das noções mais subjetivas da construção do discurso histórico e nas
relações sociais. E isso por quê? Pois se trata de um conceito que só é
compreensível quando lançamos mão do produto homem X tempo, ou seja, tratamos
de algo que é mergulhado em um caldeirão de subjetividade.
O patrimônio pode ser
definido como um conjunto material, e imaterial, que marcam as manifestações
humanas no correr do tempo. Sua caracterização depende da sociedade no qual
está inserido e de que forma tal monumento,
edifício ou prática, guarda sentido e
valor histórico em determinado espaço temporal.
Mas como assim professor?
No início do século XX
a preocupação, ou o entendimento, acerca do patrimônio era bem diferente. Em
1933 uma reunião na cidade de Atenas aprovou uma política que se dedicava a proteger os monumentos mais
significativos e vultuosos da história da humanidade, desconsiderando o seu
entorno ou os de menor magnitude. As determinações da Carta de Atenas, realizada antes da II Guerra Mundial, logo seriam
substituídas por outras depois do conflito. O impacto da destruição, de homens
e de suas obras, que a segunda Grande Guerra gerou, levou a uma mudança na
concepção de patrimônio e de sua abrangência.
No Brasil o órgão
responsável pelas políticas patrimoniais é o Instituto
do Patrimônio Artístico e Cultural – IPHAN. O mesmo
divide as práticas patrimoniais em dois conjuntos: o patrimônio Material e o Imaterial. Material e Imaterial, como assim?
O patrimônio material
seria formado “com base em legislações específicas é composto por um
conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza nos quatro Livros
do Tombo: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e
das artes aplicadas. Eles estão divididos em bens imóveis como os núcleos
urbanos, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens individuais; e móveis como
coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos,
arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.” Ou seja, são as formas mais tradicionais de patrimonialização:
edifícios, monumentos, documentos, coleções, acervos em geral.
Já o patrimônio imaterial, segundo a UNESCO,
"as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas - junto
com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são
associados - que as comunidades, os grupos e, em alguns casos, os indivíduos
reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural." Sendo “transmitido de geração em geração e
constantemente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente,
de sua interação com a natureza e de sua história, gerando um sentimento de
identidade e continuidade, contribuindo assim para promover o respeito à
diversidade cultural e à criatividade humana.” Logo, as manifestações, as
práticas, os elos culturais e sociais também são passíveis de
patrimonialização. Vale a pena dar uma olhada no trabalho Os sambas, as rodas, os bumbas e os meus bois no sitio do Iphan e
entender um pouco mais com o que vem sendo feito para a proteção do patrimônio
brasileiro.
Vejam esses dois trabalhos organizados pela TV UFOP (Universidade
Federal de Ouro Preto) clicando aqui e o segundo sobre patrimônio material clicando aqui .
Vamos às questões comentadas?
Nenhum comentário:
Postar um comentário