quarta-feira, 23 de maio de 2012

Como fazer uma boa redação no ENEM?


Olá, pessoal!

Sejam todos bem-vindos!

Quando o assunto é redação, a reação é quase unânime: caras feias e uma certa cautela para começar a escrever. Não existe milagre que nos faça escrever bem, o que há, na verdade, é força de vontade aliada à técnica e à prática. Prontos? Então, mãos à obra!

Inicialmente, é preciso saber analisar os assuntos mais comuns na prova do ENEM. Geralmente, são temas de abordagem social que reiteram a necessidade de defesa de um ponto de vista e de propostas que não firam os direitos humanos.

A seguir, estão listados todos os temas de redação do ENEM ao longo desses anos:

1998: Viver e aprender.
1999: Cidadania e participação social.
2000: Direitos da criança e do adolescente: como enfrentar esse desafio nacional?
2001: Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?
2002: O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita?
2003: A violência na sociedade brasileira: como mudar as regras desse jogo?
2004: Como garantir a liberdade de informação e evitar abusos nos meios de comunicação?
2005: O trabalho infantil na realidade brasileira.
2006: O poder de transformação da leitura.
2007: O desafio de se conviver com as diferenças.
2008: Ações de preservação da Floresta Amazônica.
2009: O indivíduo frente à ética nacional.
2010: O trabalho na construção da dignidade humana.
2011: Viver em rede no século XXI: os limites entre o público e o privado.

Temas complexos? Complicados? Não necessariamente. O candidato preparado e bem informado sobre o modelo de prova leva vantagem. É preciso analisar o histórico do exame, conhecer o perfil das propostas e dominar a estrutura desse tipo de texto.

Para começo de conversa...

A tipologia textual cobrada é a dissertação argumentativa. Esse tipo de texto tem por característica básica a construção de um posicionamento crítico claro e objetivo diante de uma temática.

Primeiro, é preciso entender que dissertar não é o mesmo que argumentar, apesar de muitos pensarem dessa maneira. Dissertar é “falar sobre algo”, “discursar”. A argumentação, por sua vez, já propõe a defesa de uma ideia. Dessa forma, quando dissertamos de maneira argumentativa, ao mesmo tempo em que discursamos sobre um tema, nos posicionamos criticamente, estabelecendo um discurso persuasivo.





Apesar de a dissertação argumentativa trabalhar com a persuasão, não estabeleça interlocução no seu texto, ou seja, não converse diretamente com o leitor.


Além disso, uma das principais orientações para se construir uma dissertação é não utilizar a primeira pessoa do singular. Entretanto, muitos alunos ainda têm dúvidas quanto a isso. Geralmente, ouço perguntas do gênero:

“Como escrever sobre um assunto, tendo de defender uma ideia própria, mas sem utilizar a primeira pessoa?”

Ou ainda:

“Como expressar aquilo que eu penso sem escrever ‘eu acho’ ou ‘na minha opinião’ ?”

É importante estabelecermos uma diferença entre parcialidade e subjetividade. É possível, sim, defender uma visão sobre um tema sem transparecer emotividade.

Ser parcial é defender um lado; ser subjetivo é ser pessoal, expressivo, emotivo.

Observe o exemplo a seguir:

Tema: a importância da política para o desenvolvimento social.

Analisemos as duas sentenças construídas sobre esse assunto:

I) Eu acho um absurdo o descompromisso de alguns políticos com o país.

II) É preciso que haja mudanças na estrutura política do país.

Note que a sentença I, além de parcial, é extremamente subjetiva. Marcas gramaticais como o verbo na primeira pessoa e o uso da expressão qualificadora “um absurdo” transparecem uma forte emotividade. Já a sentença II não deixa de expor uma opinião, no entanto, não é subjetiva como a primeira.

O discurso da sentença II é o correto quando se trata de um texto dissertativo argumentativo. Lembrem-se de que a defesa de um ponto de vista é fundamental e, para isso, não é necessário ser subjetivo.

Não há dúvidas: uma argumentação contundente é imprescindível. Esse é um dos critérios que mais pesam na construção do texto. Devemos fundamentar bem nossa opinião, não “ficar em cima do muro” e estabelecer um discurso claro e objetivo. Uma redação com bons argumentos sai na frente da disputa.

A estrutura textual – noções básicas

Uma dissertação argumentativa divide-se, basicamente, em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Ao longo de nossas próximas aulas, iremos analisar mais profundamente cada uma delas.

Na aula de hoje, veremos apenas um breve esquema:

INTRODUÇÃO: corresponde ao primeiro parágrafo do seu texto. Nela, apresenta-se o tema, contextualizando o leitor, e formulação a chamada tese que se trata de uma ideia central sobre o assunto, uma opinião formada sobre o tema.

DESENVOLVIMENTO: cada parágrafo dessa parte corresponde a um argumento. É nessa parte do texto que se desenvolvem as ideias que sustentarão a tese inicial.

CONCLUSÃO: parte final do texto. Nesse último parágrafo, retoma-se a tese e finaliza-se o raciocínio. É comum a formulação de propostas e de sugestões relacionadas ao tema desenvolvido.

Após compreendermos o objetivo e as características gerais de uma redação dissertativa argumentativa, poderemos aprofundar outras questões: a estrutura, as técnicas de argumentação, os tipos de introdução, a conclusão da ideia...

Mas isso já é assunto para as próximas aulas!

Não tenham medo de escrever. Pratiquem, testem, explorem suas ideias. O momento de lapidar o conhecimento é agora. Assim, vocês se sentirão muito mais seguros na hora em que o jogo estiver valendo,

A redação não é um bicho de sete cabeças e juntos vamos perceber isso!




Olá Amigos,

Hoje vamos falar de um dos processos de inauguração da Idade Moderna: as Grandes Navegações (Séc. XV-XVI). Também conhecida como Expansão Ultramarina Europeia, representa um período de um alargamento do mundo europeu em termos espaciais, econômicos e sociais para além dos limites do mundo até então conhecido ou constantemente visitado. Mas o que levou os povos do Velho Continente a lançarem-se em tão perigosas expedições. Eis aqui alguns elementos importantes:
1.       Necessidades de Novas terras agricultáveis
2.       Busca por novas fontes de metais preciosos
3.       Procura por novas fontes de matérias primas
4.       Crença na existência lugares míticos e/ou paradisíacos
É importante compreender que esse continente vivia intensas transformações entre os séculos XVI a XVI. Alterações nas dinâmicas populacionais, políticas e também econômicas eram percebidas, como no processo de renascimento das atividades comerciais e urbanas e pela emergência de um estado mais centralizado que acabaria por dar origem aos Estados Modernos, estão entre os fatores que contribuem para tal expansão. E nesse processo destaca-se a ação dos portugueses que foram pioneiros nesse processo por reunirem os seguintes fatores
a.       Precoce formação de Estado centralizado (Revolução de Avis 1383-1385)
b.      O presente espírito de reconquista (Combate ao infiel ou mouro – muçulmanos que ocuparam a Península Ibérica)
c.       Burguesia financiadora e ávida por lucros
d.      Desenvolvimento dos conhecimentos náuticos (Uso de instrumentos de localização como bússolas, astrolábios, sextantes e quadrantes, de navegação como as caravelas, etc.)
e.      Posição geográfica que favorecia o desenvolvimento de técnicas náuticas
Veja aqui um pequeno vídeo explicando os principais pontos da expansão lusa


Além dos lusos os espanhóis também lançaram-se ao mar no final do século XV após a centralização de seu estado com o casamento dos Reis Católicos - Fernando de Aragão e Isabela de Castela, sendo o principal expoente Cristóvão Colombo, aquele que acreditando na circunavegação em direção às Índias atingiu a América

Vamos às questões?
http://www.youtube.com/watch?v=eLAUBfPVp2c